Ainda Não te Registaste? Clica aqui para o fazeres é Gratuito

ndice do Frum www . Bombeiros - Portugal . net
www . Bombeiros - Portugal . net
O Ponto de Encontro de Todos Os Bombeiros
 
   Página InicialPortal AlbumAlbum  PortalForum FAQFAQ   PesquisarPesquisar   MembrosMembros   GruposGrupos   CalendarioCalendario  Lista de utilizadores BanidosLista de utilizadores Banidos   RegistarRegistar 
 Recomendar site a um amigoRecomendar  PerfilPerfil    Ligar e ver Mensagens PrivadasLigar e ver Mensagens Privadas    EntrarEntrar  Ocorrências ActivasOcorrências Activas  Ocorrências ActivasRisco de Incêndio   LinksLinks   Links>Chat 
 Envie NoticiasEnviar Noticias  VideosVideos  EventosAdicionar Eventos  EventosEnviar Fotografias


Riscos Naturais e Tecnológicos - Acidentes Geomorfológicos


 
Novo Tpico   Este tpico est Bloqueado. No pode editar mensagens ou responder    ndice do Frum www . Bombeiros - Portugal . net -> Autoridade Nacional de Protecção Civil


Ver mensagem anterior :: Ver mensagem seguinte  
Autor Mensagem
vampiro



Sexo: Sexo:Masculino
Registrado em: 20 Jun 2006
Mensagens: 452
Local/Origem: Mealhada

MensagemColocada: Sex Set 15, 2006 12:26 am    Assunto:
Riscos Naturais e Tecnológicos - Acidentes Geomorfológicos
    Responder com Citao

O que é o Acidente Geomorfológico


Um acidente geomorfológico é a alteração da morfologia do terreno, na sequência de acontecimentos que conduzem à rotura e movimento de grandes quantidades de rocha ou de terras pela força da gravidade, sendo responsáveis todos os anos por perda de vidas e enormes prejuízos económicos.

Para o caracterizar, há que determinar o mecanismo que causou instabilidade, avaliar a velocidade do movimento, que varia desde imperceptível até abruptas e determinar o volume de materiais movimentado.


As Causas


As causas podem ser directas, induzidas ou de origem mista.
As principais e mais devastadoras são as directas e, dentre elas, destacam-se a actividade vulcânica e as chuvas intensas.

A ocorrência de acidentes geomorfológicos é de origem induzida pelo homem quando decorre da actividade humana, que provoca alterações do meio ambiente com impacto na estrutura do solo, no coberto vegetal, na disponibilidade da água e outras alterações sentidas a longo prazo.

Os acidentes devem-se a causa mista quando um fenómeno geomorfológico que constitui o processo de evolução natural do relevo, no sentido da estabilidade e equilíbrio, ocorre em zonas reconhecidas como de risco, onde a ocupação humana potencia o seu surgimento.

Causas directas


As causas directas destes acidentes são as de origem natural, tais como sismos, erupções vulcânicas, actividade vulcânica premonitória e as chuvas intensas.

O movimento de grandes quantidades de lamas e rocha por acção da gravidade, em consequência de actividade vulcânica, como são exemplos Peru, Chimbote (1979) e, mais recentemente El Salvador (2001), constitui das piores catástrofes naturais.

À existência de actividade vulcânica acresce, nas proximidades de zonas elevadas e com neve, o risco de avalanche. Noutros casos, como aconteceu nas Filipinas, Monte Pinatubo (1991), a actividade vulcânica que antecedeu a erupção, provocou o acumular de lamas que, juntamente com os vapores, vieram a formar escoadas destruidoras.

Causas induzidas e de origem mista


Um acidente geomorfológico pode classificar-se de causa mista quando um factor natural desencadeia o acidente, mas onde existe também a condicionante de origem antrópica que se reporta ao facto de o elemento humano estar instalado em zonas limite de morfologias diferentes.

Como exemplo de um acidente de causa mista, refira-se a tragédia que aconteceu nos Açores, povoação de Ribeira Quente (1997), no qual a causa directa foram as fortes chuvadas e o seu prolongamento, mas o facto desta comunidade se ter fixado no sopé de uma encosta, na qual existiam antecedentes de ocorrências similares, classifica-o de causa mista.

Muitos mais exemplos recentes se podem relembrar. Nas ilhas dos arquipélagos da Madeira e Açores, existem também vários registos de deslizamento de terras que se repetem todos os anos e para os quais não se têm tomado as medidas básicas de prevenção.

No território Continental, durante o mês de Janeiro de 2001, na Área Metropolitana de Lisboa, foram vários os deslizamentos de terrenos ao longo de taludes. Igualmente na zona norte do País, Régua, foram vários os acidentes de deslizamento que provocaram no total 4 mortos e estragos materiais em casas e estradas.

A importância do homem nas ocorrências
Através de estudos desenvolvidos, tem-se constatado o aumento deste tipo de acidentes e, consequentemente, o incremento de danos em todo o mundo. Sobretudo nos últimos 50 anos, de acordo com estimativas da ONU, houve três milhões de vítimas e prejuízos económicos incalculáveis. Esta organização tem estado atenta à necessidade de se estabelecerem medidas que minimizem as consequências sociais e económicas causadas por estas catástrofes.
Tornou-se muito claro que, na base das causas responsáveis por esse aumento, acrescem, à acção da natureza, as razões do progresso.

O tipo de ocupação humana tem influenciado reconhecidamente a sua ocorrência. O crescimento exponencial das superfícies urbanizadas em áreas de limite de geomorfologias diferentes, normalmente mais expostas a perigos naturais e por isso inadequadas à edificação, a contínua desflorestação, a industrialização, o abandono das zonas rurais, a mudança dos leitos de rio, a poluição atmosférica e dos solos, entre outras intervenções humanas, justificam as alterações climáticas que implicaram, para muitos países, o aumento da epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade e frequência da precipitação, induzindo este risco.


Mecanismos de Rotura


Os movimentos ao longo de um talude ou vertente, por acção da gravidade, e que ocorrem por movimento de deslizamento, ou na forma de avalanche ou escoadas, classificam o mecanismo de rotura de terras.

Em rocha, o mecanismo de rotura é normalmente súbito na forma de queda de blocos ou desprendimentos, mas também pode ser por deslizamento, chamando-se neste caso avalanche.

Quanto à velocidade a que ocorrem estes movimentos, é variável; veja-se o exemplo de um deslizamento que pode durar só alguns minutos ou pode levar anos até que o talude estabilize, e uma avalanche, na qual o material atinge velocidades de centenas de quilómetros por hora.




Os vários tipos de movimento de massa em taludes podem ter diferentes velocidades - desde os movimentos de escorregamento lento até movimentos com mais de 200 km/h e mecanismos de deslizamento a fluxo. O movimento depende em grande parte do teor de água dos materiais. Se o teor em água aumenta, o movimento passa de deslizamento a fluxo.

Deslizamento


Um deslizamento ocorre, normalmente, por movimento rotacional ou translacional num talude, a velocidades notórias, sendo a força da gravidade o seu único motor.
Pode acontecer ao longo do plano de inclinação de uma vertente ou por descolamento lateral.
A maioria das vezes este fenómeno começa com alguns sinais passíveis de indiciar que o processo está já em curso.




Deslizamento rotacional em solo - Zona da cabeceira com sinais indicadores de que a rotura irá ocorrer. A existência de gretas no topo do talude indica que este deslizamento ainda está activo. Caracteriza-se ainda por a zona onde já ocorreu movimento ter um talude côncavo e o material no pé do talude ter o aspecto de fluxo.




Rotura planar em rocha - Tipo de acidente com efeitos mais catastróficos devido ao enorme volume de rocha e solo que arrasta.




Movimento de deslizamento em rocha


http://www2.snbpc.pt/pls/portal/docs/1/1650.JPG


Perfil do movimento de deslizamento de terras ao longo de um talude


Queda de blocos / Desprendimentos


Um desprendimento é a classificação dada quando ocorre a queda de blocos de rocha individualizados de um talude, indo depositar-se às cotas do sopé.
Normalmente este tipo de acidentes ocorre em taludes de grande inclinação e o plano de rotura pode ser o plano da estratificação ou da xistosidade, ou uma fenda provocada pelas tensões a que o material se encontra.
O elevado teor em água é o principal responsável pela perda de resistência dos materiais. Existem variadas formas de o movimento de queda se processar




Movimento de desprendimento ou queda de blocos

Avalanche ou aluimento

É um movimento muito rápido ao longo de uma vertente ou de uma escarpa, de massas de terra misturada com fragmentos de rocha, por vezes acompanhados de gelo ou neve.
As causas mais vulgares para este acidente são a diminuição da resistência dos materiais que formam a capa do talude, mas também pode ser provocado por um abalo sísmico.
A velocidade que os materiais atingem pode ser da ordem dos 100 km/h e este tipo de movimento distingue-se dos anteriores pelo facto de os depósitos de avalanche serem muito porosos, constituídos por materiais de todas as granulometrias e sem agregação entre eles.


Escoadas - movimento de fluxo / solifluxão


Os movimento do tipo fluxo resultam na maioria dos casos de deslizamentos de terrenos ricos em argilas que se encontram desprendidos do substracto rochoso. Os materiais, ao acumularem-se e em condições de saturação em água, formam escoadas argilosas.
Este tipo de movimento pode ocorrer mesmo em taludes com inclinações inferiores a 5º e envolver fragmentos de rocha para além da lama argilosa. A velocidade pode atingir 20 m/dia e, sempre que as condições climáticas sejam repetidas, constitui um fenómeno recorrente.
A principal diferença entre este tipo de movimento e o de avalanche é aquela velocidade que, no caso da última, é súbito e repentino.

A solifluxão é uma classificação dada a movimentos rápidos que ocorrem em zonas frias e que dependem dos fenómenos de gelo/degelo que afecte solos finos e pouco coerentes. Quando há um súbito aumento de temperatura, o volume ocupado pelas pequenas partículas de gelo diminui rapidamente e o solo perde consistência, quebrando.




Movimento de deslizamento de terras


Factores que Condicionam / Factores que Desencadeam


A maioria dos acidentes geomorfológicos ocorre por deslizamento de terrenos e queda de blocos.

Consideram-se factores condicionantes, ou de predisposição para a ocorrência de movimentos em talude, a existência de antigos deslizamentos, a urbanização em áreas impróprias para a construção em encostas ou em leitos de cheia, por exemplo, e ainda a construção assente em formações litológicas do tipo argiloso, entre outros factores.

Consideram-se factores condicionantes ou de predisposição para os acidentes geomorfológicos em rocha o grau de fracturação do maciço rochoso e as diferenças térmicas, sobretudo quando há formação de gelo.

Constituem principais factores desencadeantes do acidente em rocha e em solo as chuvas intensas ou a ocorrência de chuvas repentinas. O aumento brusco da quantidade de água retida no solo e, consequentemente, o aumento do peso dos solos e diminuição da sua resistência mecânica, desencadeia o acidente.

Em determinadas condições, são também factores desencadeantes a existência de um processo de erosão natural em curso e a existência de trabalhos de escavação, sobretudo se afectarem a base de um talude.


Como Fazer a Previsão e a Prevenção


A principal acção de previsão, que é também de avaliação da perigosidade, consiste no reconhecimento e cartografia dos locais onde historicamente estes acidentes ocorrem.

O inventário e estudo dos registos históricos de cada região e os estudos de identificação dos factores condicionantes e desencadeantes do processo permitem deduzir que as ocorrências futuras se verificam em condições idênticas àquelas que determinaram condições de instabilidade no passado.

Por outro lado, constatado o adensamento do tecido urbano em áreas de reconhecido risco geomorfológico, as medidas de prevenção imediatas passam cada vez mais pelo reforço dos terrenos e estabilização de taludes, tanto utilizando sistemas tradicionais como novas tecnologias na área da engenharia geotécnica. A construção de valas ou outros sistemas de drenagem, completados com instrumentos de controlo, podem ser também muito eficazes.

Uma segunda acção importante no âmbito da prevenção em Protecção Civil relaciona-se com medidas educativas. Favorecer a cultura preventiva no sentido de que se desenvolvam atitudes conscientes do indivíduo e da sociedade com responsabilidade civil, constituem importantes medidas de prevenção deste risco.


Medidas de prevenção no âmbito da Protecção Civil

Em Portugal, como noutros países, não existe sistematização de medidas de prevenção destes acidentes, pelo que é necessário que a actuação preventiva seja de iniciativa pública e privada.

A informação do risco da área que se habita, através de serviços da autarquia ou Universidades, é acessível e permite obter a informação sobre o nível de risco da área.

Igualmente, tomar a iniciativa de avisar os Serviços Municipais de Protecção Civil, no caso de observar algum fenómeno anormal nos terrenos envolventes, ou nas habitações, como são a abertura de fendas em muros, paredes e escadas de exterior, ou o abatimento ligeiro de portas no interior de habitações novas, poderá ser importante na adopção de medidas de estabilização.

Nos últimos anos, o melhoramento ou reforço dos terrenos tem sofrido um enorme desenvolvimento, tanto na utilização de novas tecnologias, como na valorização dos sistemas mais tradicionais. As técnicas utilizadas ao serviço da geotecnia tendem a melhorar a estabilidade dos taludes e a corrigir o seu potencial de instabilidade, tarefa que cabe às entidades responsáveis.

Compete aos diversos níveis da Administração Pública salvaguardar o cumprimento da política de ordenamento do território e urbanismo (DR. N.º 184 de 11-8-98, - I série-A, lei n.º 48/98, de 11 de Agosto), na qual se incluem as mais importantes medidas e estratégias adequadas à prevenção deste risco.


Fonte SNBPC
Voltar ao topo
Google
AdSense






Posto: Bombeiro de 3ª
Corpo de Bombeiro: 0112-Mealhada

MensagemColocada: Sex Set 15, 2006 12:26 am    Assunto:
Click Aqui para Ajudar O site
   





Cursos: Técnicas de Socorrismo, Salvamento e Desencarceramento, Combate a Incêndios para equipas de 1ª Intervenção / Manobras de mangueiras
Voltar ao topo
Mostrar os tpicos anteriores:   
Novo Tpico   Este tpico est Bloqueado. No pode editar mensagens ou responder    ndice do Frum www . Bombeiros - Portugal . net Autoridade Nacional de Protecção Civil Todos os tempos so GMT
Pgina 1 de 1

 
Ir para:  
Neste frum, voc No pode colocar mensagens novas
No pode responder a mensagens
No pode editar as suas mensagens
No pode remover as suas mensagens
Voc No pode votar neste frum
Voc pode anexar ficheiros neste frum
Voc pode baixar ficheiros neste frum



Powered by phpBB © 2001, 2005 phpBB Group
Layout por ViPeR5000
Googlepage: GooglePullerPage
eXTReMe Tracker


CSS Valid PHP Valid CSS Valid
server monitor

[ Time: 0.3612s ][ Queries: 29 (0.1203s) ][ Debug on ]