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Riscos Naturais e Tecnológicos - Cheia


 
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vampiro



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MensagemColocada: Sex Set 08, 2006 12:37 am    Assunto:
Riscos Naturais e Tecnológicos - Cheia
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O que é uma Cheia

As cheias são fenómenos naturais extremos e temporários, provocados por precipitações moderadas e permanentes ou por precipitações repentinas e de elevada epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade. Este excesso de precipitação faz aumentar o caudal dos cursos de água, originando o extravase do leito normal e a inundação das margens e áreas circunvizinhas. Nalgumas partes do globo as cheias podem dever-se também ao derretimento de calotes de gelo.

As cheias podem ainda ser causadas pela rotura de barragens, associadas ou não a fenómenos meteorológicos adversos. As cheias induzidas por estes acidentes são geralmente de propagação muito rápida.


Ribeira do Porto (Rio Douro), Dezembro 1989




Os prejuízos resultantes das cheias são frequentemente avultados, podendo conduzir a perda de vidas humanas e bens. O impacte no tecido sócio-económico da região afectada é geralmente significativo, podendo levar à destruição completa de explorações agrícolas e agro-pecuárias entre outras. A prevenção e mitigação do efeito das cheias é, por isso, de extrema importância


Saída da Golegã para Lisboa (Rio Tejo), 1979 - Fotografia: Semanário Expresso



Quanto tempo dura uma Cheia?


O tempo necessário para que uma cheia ocorra e a sua duração dependem das características da bacia hidrográfica do rio em questão. Bacias de pequena dimensão apresentam, geralmente, condições para que uma cheia se forme e propague rapidamente, por vezes em escassas horas. Pelo contrário, em bacias de grandes dimensões, o pico da onda de cheia, e as inerentes inundações, demoram mais tempo a instalar-se, permitindo um aviso mais atempado às populações. Demoram também mais tempo a desaparecer, podendo demorar mesmo vários dias.


Podemos prever uma Cheia?


Na maior parte dos casos, é possível prever uma cheia, através das observações meteorológicas e do conhecimento das descargas das barragens, e assim minimizar as suas consequências, avisando atempadamente as populações através dos meios de comunicação social (jornais, rádio, televisão), ou de comunicados no site do SNPC, e recomendando as medidas de autoprotecção adequadas. Contudo, em casos de inundação súbita, provocada por precipitações intensas e repentinas, associadas a instabilidades atmosféricas de difícil previsão, nem sempre é possível que a população seja alertada com a devida antecipação.

No âmbito da Protecção Civil, a possibilidade de ocorrência de cheias em Portugal Continental começa, geralmente, a ser analisada a partir do Outono, altura em que, normalmente, se inicia o período húmido em Portugal, estendendo-se até à Primavera.


As Cheias em Portugal Continental


As situações de chuva intensa, que originam as cheias, encontram-se associadas a condições de instabilidade atmosférica que, em Portugal continental, ocorrem geralmente do Outono à Primavera.

As inundações ocorrem um pouco por todo o país mas as bacias hidrográficas dos médios e grandes rios são as mais afectadas. Os rios Tejo, o Douro e o Sado têm um longo historial de cheias, frequentemente reportadas na comunicação social.

Outros rios apresentam actualmente maior capacidade para evitar a ocorrência de cheias. O rio Mondego, por exemplo, dispõe já de um sistema integrado de regularização (barragens e diques) que reduz a ocorrência de cheias frequentes.


OCORRÊNCIAS GRAVES


Dos inúmeros acontecimentos históricos registados, destacam-se as cheias que maior impacte tiveram em Portugal Continental:

1909
Dezembro
Rio Douro. Atingiu na Régua o caudal máximo de 16 700 m3/s;

1948
Janeiro
As mais generalizadas em Portugal, por se terem verificado em quase todos os rios do Continente;

1962
Janeiro
Norte e Centro do País, com principal incidência nos rios Mondego e Douro, onde se cotou como a 2ª maior cheia do século XX;

1967
Novembro
Rio Tejo. Morreram cerca de 500 pessoas, grande número de casas ficou gravemente danificado e foram destruídos muitos quilómetros de infra-estruturas;

1978
Fevereiro
Rios Tejo e Sado;

1979
Fevereiro
Rio Tejo. A cheia durou 9 dias, tendo provocado 2 mortos, 115 feridos, 1 187 evacuados e avultados prejuízos materiais. O distrito de Santarém foi o mais afectado. Considera-se como a maior cheia do séculoXX;

1983
Novembro
Rio Tejo. Morreu uma dezena de pessoas, 610 habitações foram completamente destruídas, 1 800 famílias desalojadas, tendo os prejuízos ascendido a cerca de 18 milhões de contos (valores da época);


Cascais, 1983




1989
Dezembro
Rios Tejo e Douro. Provocou 1 morto, 61 pessoas foram evacuadas no Distrito de Santarém e 1 500 ficaram desalojadas no Distrito de Vila Real (Régua), onde atingiu um caudal máximo de 12.000 m3/s.


Constância (Rio Tejo),1989
Fotografia: Rui Ochôa



1997
Outubro
Monchique. Precipitação muito intensa durante quatro horas alagou impetuosamente a localidade, com elevados prejuízos materiais em habitações, viaturas e equipamentos (ex: Termas das Caldas de Monchique).

1997
Novembro
Baixo Alentejo. Onze mortos devido a inundações repentinas nos concelhos de Ourique, Aljustrel, Moura e Serpa.

2000/01
Inverno
Rios Douro e Tejo. Um período de Inverno excepcionalmente chuvoso originou uma série de cheias consecutivas entre os meses de Dezembro e Março. Os distritos de Vila Real, Porto e Santarém foram os mais afectados. Outras bacias hidrográficas também registaram diversas situações de cheia, algumas das quais atingiram níveis recorde. Ao todo, durante este Inverno, cerca de uma dezena de pessoas perdeu a vida nas cheias, a maioria ao atravessar indevidamente zonas caudalosas. A saturação dos solos proporcionada pela precipitação contínua causou ainda diversos aluimentos de terras que provocaram mortos e desalojados.

2001
Janeiro
Rio Mondego. Níveis excepcionais de precipitação na região de Coimbra originaram um elevado caudal do Mondego, o que provocou a rotura dos diques do leito central do rio em 13 pontos distintos (por erosão dos taludes). A zona a jusante de Coimbra ficou alagada durante quase uma semana, com especial incidência para o concelho de Montemor-o-Velho.

INSTABILIDADE ATMOSFÉRICA

As condições climáticas e os regimes pluviométricos que se verificam em Portugal, proporcionados pelos núcleos de baixa pressão, que se formam no Oceano Atlântico, associados a sucessivas frentes húmidas que percorrem o País para leste, provocam períodos alongados de intensas precipitações em vastas áreas de Portugal.

O atravessamento destes sistemas frontais, ao efectuar-se para Leste, pode também afectar o território espanhol registando-se, consequentemente, um acréscimo das afluências às secções fronteiriças, contribuindo para as cheias na parte portuguesa das bacias internacionais.

Outro tipo de fenómenos meteorológicos, distintos dos anteriores, são os de origem convectiva, que produzem precipitações muito intensas e confinadas a uma reduzida dimensão espaço-temporal. Estas situações conduzem geralmente a pontas de cheia elevadas, sobretudo quando afectam as pequenas bacias hidrográficas. Este tipo de fenómenos, pela sua reduzida dimensão espacial, é por vezes de difícil previsão.


BACIAS HIDROGRÁFICAS
DOS RIOS TEJO, DOURO E SADO




Efeitos e Vulnerabilidades


A análise do risco de cheia e a gravidade dos seus efeitos é crucial para a decisão sobre medidas de defesa a adoptar contra cheias. Entendem-se por vulnerabilidades os elementos da nossa sociedade que ficam expostos, ou são afectados, por um desastre, neste caso uma cheia.

Os efeitos ou prejuízos resultantes das cheias são variados, consistindo, frequentemente, em:

Efeitos directos

evacuação e desalojamento de pessoas e eventual perda de vidas humanas;
isolamento de povoações;
danificação da propriedade pública ou privada;
submersão e/ou danificação de vias de comunicação e de outras infra-estruturas e equipamentos;
destruição de explorações agrícolas e pecuárias;
interrupção do fornecimento de bens ou serviços básicos (água potável, electricidade, telefone, combustível, etc.)
custo das acções de Protecção Civil, incluindo o realojamento e tratamento de vítimas.
Efeitos indirectos

perda de produção da actividade;
afectação das actividades socioeconómicas, por vezes por um período bastante prolongado;
afectação do meio ambiente.
As cheias de alguns rios são cíclicas, podendo contribuir para a fertilização dos campos ou mesmo para a remoção de diversos poluentes. Mas para se tirar este benefício das inundações provocadas pelas cheias dos rios e se minimizarem os danos por elas causados é necessário que as populações saibam precaver as suas vidas e os seus bens.

EM PORTUGAL CONTINENTAL

Recentemente foram dinamizados estudos de caracterização de zonas de risco e das vulnerabilidades associadas na procura de melhores soluções que influenciarão não só a actuação das forças intervenientes mas, igualmente, como se espera, os conceitos do uso do solo e ordenamento do território.

A minimização dos efeitos associados revela-se particularmente importante nas áreas de maior vulnerabilidade, em que periodicamente ocorrem perda de vidas e destruição avultada de bens


Zonas vulneráveis a inundações



As inundações provocadas pelas cheias na bacia do rio Tejo causam, muitas vezes avultados prejuízos. Actualmente as zonas mais afectadas localizam-se no distrito de Santarém, sendo os concelhos de Santarém, Cartaxo, Golegã, Almeirim e Alpiarça (rio Tejo), Tomar (rio Nabão) e Coruche (rio Sorraia) alguns dos mais vulneráveis.

Ainda há apenas poucas décadas a Área Metropolitana de Lisboa era também fortemente afectada (concelhos de Loures e Vila Franca de Xira, nomeadamente) pelas cheias nesta bacia. Avultadas obras de regularização dos rios conseguiram reduzir significativamente a frequência destes eventos.

O estudo do comportamento do rio Tejo, a partir das descargas das diversas barragens da bacia e da propagação da onda de cheia, permite já prever atempadamente a inundação das zonas mais vulneráveis de modo a efectuar o aviso à população em tempo útil.

No Norte do País, devido à existência de zonas montanhosas, os vales onde correm os cursos de água são bastante encaixados, pelo que as inundações têm ocorrências localizadas. O rio Douro origina, nalguns troços, grandes cheias cíclicas, com elevado impacte no tecido socioeconómico das populações ribeirinhas. Localidades como o Porto, Vila Nova de Gaia e Peso da Régua, no rio Douro, bem como Chaves e Amarante, no rio Tâmega, são frequentemente assoladas por cheias.

A sucessiva construção de barragens na bacia do Douro não veio introduzir alterações significativas no regime das cheias, pois as suas albufeiras possuem uma capacidade de encaixe reduzida, impedindo-as de exercer o necessário efeito amortecedor.

As bacias a Norte do Douro também apresentam algumas zonas vulneráveis, com localidades ribeirinhas a serem frequentemente inundadas.

Na bacia do rio Minho as áreas mais afectadas pelas cheias dispõem-se ao longo da zona fronteiriça, ribeirinha do curso principal, destacando-se as localidades de Valença, Vila Nova de Cerveira e Monção como as que sofrem mais problemas. É de registar a forte dependência das vulnerabilidades nacionais à situação hidrometeorológica espanhola.

Na bacia do rio Lima, os concelhos de Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez são os mais afectados pelas cheias. O laminar de caudais nas barragens hidroeléctricas existentes no rio Lima permite atenuar os riscos de inundação nas duas primeiras localidades.

A bacia do rio Cávado é também fortemente influenciada pela precipitação ocorrida na região do Gerês, a qual regista alguns dos valores de epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade mais elevados do país durante o período de Inverno. Braga, Barcelos, Guimarães, Vieira do Minho, Terras do Bouro e Esposende são alguns dos municípios com núcleos urbanos mais afectados.

Afectadas por cheias normalmente de curta duração, dada a relativamente reduzida dimensão das bacias, são algumas zonas ribeirinhas dos rios Ave, Leça e seus afluentes.

Na bacia hidrográfica do rio Vouga, as condições estuarinas do troço final são susceptíveis de agravar alguns problemas de escoamento de águas, nomeadamente em situações de elevada agitação marítima em que o escoamento dos caudais do rio para o mar surge dificultado. Merecem também realce os problemas críticos de algumas sub-bacias como é o caso do rio Águeda, que afecta a cidade de Águeda.

Os principais problemas da bacia do rio Mondego surgem nos campos agrícolas do seu troço a jusante de Coimbra e devem-se não só ao próprio Mondego como também à contribuição dos seus principais afluentes (Alva, Ceira, Arunca, Ega). A regularização feita na barragem da Aguieira permite atenuar os principais problemas de cheias, através da laminação de caudais.

Em menor escala, mas não menos importantes, são as inundações provocadas pelas cheias da bacia hidrográfica do rio Sado, propiciadas pelas condições meteorológicas e geomorfológicas da região. As barragens implantadas nesta bacia têm fundamentalmente fins agrícolas mas asseguram a regularização de uma parte significativa dos caudais. Quando a sua capacidade de armazenamento se esgota, algumas povoações do concelho de Alcácer do Sal sofrem o risco de isolamento.

Ainda no Alentejo, algumas localidades a jusante da albufeira do Caia (distrito de Portalegre) e a zona ribeirinha de Mértola podem ser afectadas por cheias na bacia do rio Guadiana. Também a localidade algarvia de Alcoutim é vulnerável aos caudais mais elevados do rio Chança, afluente da margem esquerda do Guadiana.

O Algarve também conhece problemas de cheias, principalmente pela curta dimensão das suas bacias hidrográficas. Zonas como Monchique, Silves (rio Arade) e Tavira (rio Gilão) evidenciaram no passado algumas vulnerabilidades a inundações.

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TEJO

A bacia hidrográfica do rio Tejo é a maior em território nacional. Da sua área total de 81000 km2, apenas 30,8% se situa em Portugal.

É um rio ciclicamente sujeito a cheias de grande impacte no tecido socioeconómico da região atravessada. A margem direita da bacia portuguesa do rio Tejo é a que, em termos nacionais, contribui maioritariamente para o risco de cheia.

O conjunto dos aproveitamentos hidroeléctricos construídos no Rio Zêzere (principal afluente da margem direita do rio Tejo) não é suficiente para suavizar a ocorrência de inundações. A capacidade de armazenamento hídrico da bacia em Espanha e a forma como a gestão dos recursos hídricos é aí efectuada, determina também a frequência e epicentro, características geológicas e topográficas do terreno, e com as estruturas edificadas.">intensidade das cheias em Portugal.

As cheias na bacia do Tejo originam no distrito de Santarém situações de cortes de diversas estradas nacionais e municipais, interrupção da circulação ferroviária e alagamento de campos agrícolas.

A partir dos estudos elaborados aquando das cheias anteriores no Rio Tejo, foram inventariados mais de 100 pontos críticos, dos quais a maioria se localiza na lezíria ribatejana e a montante de Almourol. Estes pontos referem-se essencialmente a vias cortadas e povoações atingidas. Em caso de cheia pode ocorrer:

Isolamento de populações (Reguengo do Alviela, Caneiras, Valada, Pombalinho, Porto de Muge, Azinhaga e Palhota, entre outras);
Corte ou submersão de vários troços rodoviários (por exemplo, a EN 365 entre Vale de Figueira e Golegã, a EN 114 entre Tapada e Almeirim e a EN 3 entre Santarém e Cartaxo);
Interrupção da circulação ferroviária (vários troços da Linha da Beira Baixa e do Norte);
Alagamento de campos agrícolas (Golegã, Azinhaga, Pombalinho, Reguengo e Paúl do Boquilobo, na margem direita do Tejo; campos da Chamusca, São Domingos e Santa Clara, na margem esquerda);
Afectação de edifícios habitacionais, comerciais e industriais, bem como de edifícios de serviços públicos (por exemplo, a Conservatória do Registo Civil de Constância ou o Cartório Notarial de Vila Nova da Barquinha).

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOURO


A bacia hidrográfica do rio Douro é a maior da Península Ibérica. Da sua área total de 97682 km2, apenas 19% se situa em Portugal.

O curso inferior do rio Douro corre num vale extremamente encaixado, pelo que as vulnerabilidades deste rio às inundações residem nos aglomerados urbanos implantados nas zonas ribeirinhas, facilmente inundáveis.

No troço principal, a área a jusante da barragem de Crestuma é das mais afectadas, nomeadamente nos areínhos de Avintes e Oliveira do Douro e nas ribeiras do Porto e de Gaia. Nesta última localidade, as inundações atingem, muitas vezes, as caves do Vinho do Porto. Igualmente vulnerável é a localidade de Peso da Régua onde as cheias afectam diversas habitações e estabelecimentos comerciais da zona marginal e onde é frequente o corte de ruas por submersão.

Os afluentes do rio Douro também atingem caudais elevados e suscitam problemas em diversos municípios ribeirinhos. É o caso do Tâmega (que alga frequentemente as cidades de Chaves e Amarante), Sousa (transbordo junto à foz, no concelho de Gondomar) e Tua (localidade de Mirandela) que, embora tendo cheias de duração não muito prolongada, registam um longo historial de inundações.


Prevenção dos Efeitos das Cheias


A acção preventiva constitui a estratégia mais eficaz no combate a este tipo de situações extremas, dadas as suas graves consequências.

Factor essencial para o alerta das autoridades, aviso das populações e preparação das acções de socorro é o tempo que medeia a previsão de uma inundação (por cheia ou não) e a sua concretização.

A prevenção de cheias é efectuada através de duas componentes, a previsão, que possibilita a antecipação de acções de mitigação, e a monitorização, que permite detectar e conhecer em cada instante o grau de gravidade da situação. Esta última componente é fortemente hidrológica.

O Instituto da Água e as Direcções Regionais do Ambiente e Ordenamento do Território são as entidades responsáveis em Portugal pela previsão de cheias, através do Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos com o apoio do Instituto de Meteorologia, da CPPE e das Autoridades de Recursos Hídricos espanholas. Os níveis das albufeiras portuguesas e espanholas são monitorizados continuamente, em simultâneo com o acompanhamento das condições meteorológicas, permitindo identificar as regiões do país em crise e acompanhar a sua evolução

SISTEMA DE VIGILÂNCIA E ALERTA DE CHEIAS




Este sistema funciona todo o ano, por forma a que os primeiros avisos de alerta ocorram, sempre que possível, antes das situações de crise declarada.


Medias de Autoprotecção


Habitualmente é possível prever uma cheia através dos níveis de água, das descargas das barragens e das observações meteorológicas.

No entanto, uma cheia provocada por chuvas intensas e repentinas, dificilmente permitirá que as populações sejam avisadas.

Para diminuir sofrimentos e prejuízos, cada cidadão em zona de risco de cheia deve ter conhecimento das seguintes medidas de autoprotecção e procedimentos de segurança.


SE VIVE NUMA ZONA DE CHEIA


Adquira o bom hábito de escutar os noticiários da Meteorologia do Outono à Primavera.
Procure informar-se sobre o historial de cheias passadas.
Identifique pontos altos onde se possa refugiar e que estejam o mais perto possível de casa ou do emprego.
Elabore uma pequena lista dos objectos importantes que deve levar consigo numa possível evacuação.
Pondere a hipótese de fazer um seguro da sua casa e do recheio.
Arranje um anteparo de madeira ou metal para a porta da rua.
Tenha sempre em casa uma reserva para dois ou três dias de água potável e alimentos que não se estraguem.
Mantenha a limpeza do seu quintal, principalmente no Outono devido à queda das folhas.


JUNTE NUM ESTOJO DE EMERGÊNCIA
O SEGUINTE MATERIAL


1 rádio transistor e pilhas de reserva;
1 lanterna e pilhas de reserva;
velas e fósforos ou isqueiro;
medicamentos essenciais para toda a família;
agasalhos, reserva de roupa e objectos;
artigos especiais e alimentos para bebés;
fotocópias de um documento de identificação para cada membro da família;
fotocópias de outros documentos importantes.


QUANDO HOUVER UMA CHEIA


Mantenha-se atento aos noticiários da Meteorologia e às indicações da Protecção Civil transmitidas pela rádio e televisão.
Conserve o sangue frio. Transmita calma à sua volta.
Acondicione num saco de plástico os objectos pessoais mais importantes e os seus documentos.
Coloque à mão o seu estojo de emergência.
Transfira os alimentos e os objectos de valor para pontos mais altos da casa.
Liberte os animais domésticos e proceda à evacuação do gado para locais seguros.
Coloque um anteparo à entrada da casa. Retire do seu quintal objectos que possam ser arrastados pelas cheias.
Prepare-se para desligar a água, o gás e a electricidade, se for caso disso.


DURANTE UMA CHEIA


MANTENHA A SERENIDADE. Procure dar apoio às crianças, aos idosos e aos deficientes.
Continue atento aos conselhos da Protecção Civil.
Prepare-se para a necessidade de ter de abandonar a casa.
Desligue a água, o gás e a electricidade.
Não ocupe as linhas telefónicas. Use o telefone só em caso de emergência.
Não caminhe descalço nem saia de casa para visitar os locais mais atingidos.
Não utilize o carro. Pode ser arrastado para buracos no pavimento, para caixas de esgoto abertas, ou até para fora da estrada.
Não entre em zonas caudalosas. Há o risco de não conseguir suportar a força da corrente, além de que pode ocorrer uma subida inesperada do nível da água.
A água da cheia pode estar contaminada com substâncias indesejáveis. Não a beba.
Procure ter sempre uma atitude prática perante os acontecimentos.


SE FOR EVACUADO


Mantenha a calma e respeite as orientações que lhe forem transmitidas pela Protecção Civil.
Não seja alarmista.
Não perca tempo.
Leve consigo uma mochila com os seus pertences indispensáveis, o estojo de emergência e uma garrafa de água e bolachas.
Esteja atento a quem o rodeia. Podem precisar da sua ajuda.


DEPOIS DA CHEIA


Siga os conselhos da Protecção Civil. Regresse a casa só depois de lhe ser dada essa indicação.
Preste atenção às indicações difundidas pela comunicação social.
Facilite o trabalho das equipas de remoção e limpeza da via pública.
Ao entrar em casa, faça uma inspecção que lhe permita verificar se a casa ameaça ruir. Se tal for provável, NÃO ENTRE.
Não pise nem mexa em cabos eléctricos caídos. Não se esqueça de que a água é condutora de electricidade.
Mantenha-se sempre calçado e, se possível, use luvas de protecção.
Opte pelo seguro. Deite fora a comida (mesmo embalada) e os medicamentos que estiveram em contacto com a água da cheia, pois podem estar contaminados.
Verifique o estado das substâncias inflamáveis ou tóxicas que possa ter em casa.
Comece a limpeza da casa pela dispensa e zonas mais altas.
Beba sempre água fervida ou engarrafada.

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Posto: Bombeiro de 3ª
Corpo de Bombeiro: 0112-Mealhada

MensagemColocada: Sex Set 08, 2006 12:37 am    Assunto:
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