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ViPeR5000(Rui Melo) · Colocada: Sex Nov 24, 2006 9:38 am Assunto: Sete concelhos sem SAP

Uma manifestaÃ§Ã£o, marcada para hoje, em Trancoso, Ã©, atÃ© agora, a contestaÃ§Ã£o mais visÃvel contra o fecho anunciado de sete ServiÃ§os de Atendimento Permanente (SAP) durante a noite no distrito da Guarda. Se nÃ£o houver alteraÃ§Ãµes de maior, a partir do dia 4, metade dos centros de saÃºde da regiÃ£o passarÃ£o a estar fechados entre as 22 horas e as oito da manhÃ£, sendo os utentes encaminhados para os Hospitais Sousa Martins (Guarda) e S. TeotÃ³nio (Viseu).

Aguiar da Beira, Almeida, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Pinhel, Sabugal e Trancoso sÃ£o os primeiros de uma lista que ainda nÃ£o estÃ¡ fechada e deverÃ¡ aumentar quando entrarem em funcionamento as unidades bÃ¡sicas de urgÃªncia (UBU) de Foz CÃ´a e Seia, previsivelmente durante o prÃ³ximo ano.

Segundo a coordenadora da Sub-regiÃ£o de SaÃºde da Guarda, os critÃ©rios que prevaleceram nesta decisÃ£o prendem-se com as acessibilidades, a qualidade do serviÃ§o e o reduzido nÃºmero de utentes. "A mÃ©dia do atendimento nocturno no distrito Ã© de 0,7% e em alguns destes centros de saÃºde chega a 0,5%. Por outro lado, Ã© necessÃ¡rio entender que as UrgÃªncias devem ser praticadas em locais com condiÃ§Ãµes", adianta.

No entanto, Isabel Coelho acrescenta nÃ£o ser ainda certo que estes serviÃ§os encerrem no dia 4 "EstÃ£o criadas as condiÃ§Ãµes para isso, mas estamos dependentes de uma deliberaÃ§Ã£o da AdministraÃ§Ã£o Regional de SaÃºde do Centro", refere.

Uma incerteza que nÃ£o faz desmobilizar o presidente da CÃ¢mara de Trancoso, que jÃ¡ avanÃ§ou com uma providÃªncia cautelar e convocou para hoje uma manifestaÃ§Ã£o de protesto. JÃºlio Sarmento acusa o Governo de ter "um documento em discussÃ£o pÃºblica atÃ© ao final do mÃªs, mas jÃ¡ parece ter as decisÃµes tomadas" e ameaÃ§a com nova manifestaÃ§Ã£o. "Provavelmente na Guarda", a 1 de Dezembro, se a ARS Centro nÃ£o mudar de opiniÃ£o.

Por outro lado, avisa que o municÃpio estÃ¡ disposto a "patrocinar eventuais processos judiciais contra o MinistÃ©rio da SaÃºde" no caso de algum munÃcipe falecer ou sofrer danos graves por causa do fecho do SAP. "AlguÃ©m terÃ¡ de ser responsabilizado, civil e criminalmente, por uma decisÃ£o que representa um sacrifÃcio para cidadÃ£os indefesos", avisa, aguardando pela reuniÃ£o de segunda-feira com o presidente da ARS.

DÃºvidas e certezas

De acordo com a ARS Centro, as UBU previstas funcionarÃ£o com dois mÃ©dicos e dois enfermeiros de serviÃ§o, no mÃnimo, equipamentos de radiologia, electrocardiografia, desfibrilhador e capacidade para realizar anÃ¡lises mais comuns. SerÃ£o servidos por uma "boa estrutura" de transportes do INEM e dos bombeiros, assistÃªncia articulada com um 'call center' nacional. O serviÃ§o telefÃ³nico vai orientar os cidadÃ£os em funÃ§Ã£o das prioridades ou da necessidade de transporte. Contudo, AntÃ³nio Baptista Ribeiro, da CÃ¢mara de Almeida, quer saber mais. "NÃ£o nos dizem quais os meios utilizados para transportar os doentes e nÃ£o identificam a unidade de saÃºde que servirÃ¡ Almeida". Em Fornos de Algodres, o autarca diz-se "plenamente de acordo" com o fecho do SAP desde que o Centro de SaÃºde funcione atÃ© Ã meia-noite e que o hospital de referÃªncia seja Viseu em vez da Guarda.

Fonte JN

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